sábado, 6 de junho de 2009

Peça de lycra azul e rosa "Terra Sem Mal". Texto e direção: Waldo Motta. Fotos: Ricardo Aguiar e Caroline Garcia Altoé.




TERRA SEM MALum mistério bufante & deleitoso

A partir da mitologia dos índios brasileiros, e outras referências, oscilando entre o épico e o místico, o sério e o cômico, a peça Terra sem mal é um exemplo de teatro alegórico. Evocando os autos sacramentais, as propostas éticas e estéticas de Brecht e Artaud, entre outros, a peça satiriza, em clima de festa, rave, carnaval e ópera, a busca infrutífera do paraíso, em todos os tempos e lugares, e sugere onde se pode encontrar o objeto de tão apaixonado desejo: a zona proibida do corpo.
Produtor, autor, diretor etc.: Waldo Motta
Elenco: William Berger, Waldo Motta, Cristina Garcia, Allan Moscon
Sonoplastia e Iluminação: Éder Garcia e Fran de Oliveira (Casa Melancia)
Informações: Waldo (8841.7348 / 3056.0024)

A peça mostra, na primeira parte, vários personagens, em tempos e lugares diferentes, em busca da "Terra sem mal", do paraíso, da utopia. Na segunda parte, enfim, manifesta-se um Tupã gay e debochado que revela ao pajé que o invoca o que é e onde se encontra o lugar tão desejado. Na terceira parte, entre outras coisas, ocorre o confronto entre um tipo de buscador, o Sinhozinho (bofe, caraíba, imperialista etc) e a Bicha papona, a monstra guardiã do lugar sagrado, a Terra sem mal, que poderia ser o Espírito Santo, já que um grupo de índios guarani, conduzido por uma índia, Tatanty, veio parar aqui, no final dos anos 1960, acreditando estar no solo espiritossantense o tão suspirado paraíso indígena.